Hoje, faz um mês que cheguei na Itália. Ao mesmo tempo que parece que faz muito mais tempo que estou aqui, também parece que foi esses dias que fechei a mala, me despedi do meu namorado no aeroporto depois de passar uma hora de nervoso na fila do checkin.
Mudar de cidade faz com que a gente tenha que resolver muita coisa em pouco tempo até ficar confortável e começar a viver o dia a dia e aproveitar. Ao mudar de país, então, tive ainda mais burocracias para resolver, além dos hábitos italianos para incorporar e do idioma diferente para aprender o mais rápido possível. Tudo isso para, bem, começar a viver o dia a dia e aproveitar.
Com apenas 30 dias no país, estou bem longe de dominar o idioma ou de ter resolvido todas as tretas iniciais. Mas já consigo me virar muito bem e até aproveitar o estilo de vida mais simples de uma cidade de apenas cinco dígitos de habitantes. Consigo tanto que chego a imaginar como eu poderia levar alguns hábitos italianos de volta para casa!
Aperitivo
Talvez seja um dos meus hábitos italianos preferidos? Talvez seja O preferido, rs.
No fim da tarde e começo da noite, é comum ver os bares cheios de turminhas tomando um drink e comendo alguma coisa. É a hora do aperitivo, uma coisa beeem italiana, bastante parecida com o nosso happy hour. Mas é melhor, porque costuma vir com um prato de petiscos junto ou até um buffet para se servir à vontade.
E até a torradinha com presunto na Itália é gostosa. O vinho, então…
Não confirmo nem nego que já tenha literalmente jantado durante um aperitivo, de tanta comida que vem. Mas também já fui a um bar que deu uma tigela de batata chips para duas pessoas num aperitivo. Então, descubra quais são os bares que fazem bons aperitivos na sua região e se agarre a eles com todo o seu amor por comes e bebes.
Buongiorno!
Parece até aquela cena em A Bela e a Fera quando a Bela chega no vilarejo e todo mundo diz “bonjour”.
A palavra, aqui, é buongiorno, e todo mundo diz para todo mundo. Até para mim, que estou há três semanas na cidade e sou conhecida por três pessoas, sendo que apenas duas sabem meu nome e uma com certeza escreve errado.
E, quando alguém te buongiorna, você é uma pessoa educada e buongiorna de volta sem nem pensar direito! Mais de uma vez respondi buongiornos que nem eram para mim, mas recebi outros de volta. Mas esse é um dos hábitos italianos que fazem com que a gente comece o dia bem mais alegrinho apenas por desejar isso a estranhos! <3
Macarrão por peso
A gente não costuma ter balança na cozinha no Brasil, né? Mas um dos hábitos italianos é que as casas tenham. E eu uso praticamente todo dia, porque praticamente todo dia como macarrão!
Aqui, aprendi que a melhor maneira de garantir que você não vai fazer macarrão demais é pesar antes de cozinhar!
Uma boa porção por pessoa é de 80g a 120g, dependendo da fome. Eu normalmente como 80g e fico satisfeita, ou até menos, se for comer uma salada ou uma carne também.
Além disso, outra vantagem de pesar o macarrão é ter noção do quanto a gente come. No Brasil, costumo fazer um pacote de macarrão em uma refeição para duas pessoas – e um pacote de macarrão tem 500g! É tanta comida (e tão baratinha, hehe) que ainda tenho alguns sacos que comprei na minha primeira semana no país.
Tudo de bicicleta
A cidade onde eu moro (na verdade, a maior parte da região do Veneto) é muito plana. Então, andar de bicicleta é tão tranquilo que a minha nem tem marcha!
Então, todo mundo tem uma bicicleta e a usa como meio de transporte para o dia a dia. Todo mundo mesmo, de crianças a idosos!
Além disso, é tudo tão perto que dá até para ir aos comunes vizinhos de bike e chegar lá em cerca de meia hora. Para atravessar a cidade toda, demora menos de 10 minutos.
Para ajudar nessa vontade de andar só de bicicleta pelo resto da vida, há um forte respeito ao ciclista no trânsito aqui. É raro ouvirmos notícias de atropelamentos e outros acidentes com bicicletas. Eu me sinto bem segura até pedalando na estrada, mesmo sem acostamento: todos os carros diminuem a velocidade e dão uma boa distância ao ultrapassar quem está de bike.
Hidratadíssima
A água na Europa é a tal da água dura: ela tem muito calcário, mais em algumas regiões que em outras. Apesar do cheiro e do gosto esquisitos, consumi-la não faz mal para a saúde. Mas é cruel com o cabelo e a pele!
Para o cabelo, eu trouxe o creme que uso normalmente para dar aquela hidratada semanal (é o Morte Súbita da Lola) e ele tem segurado bem. Percebo que meu cabelo suja mais rápido que no Brasil e fica com a raiz mais pesada, mas não está mais seco nem quebradiço.
Para o rosto e o corpo, deixei para comprar aqui porque não costumo usar nenhum creme – sinceramente, odeio a melequeira que fica! Mas, depois de uma semana me sentindo um lagarto ao sair do banho, vi que era realmente necessário. Então, comprei um hidratante mais fluido para o corpo e um mais grosso, tipo o azulzinho da Nivea, para o rosto.
Arrisco dizer que, apesar da água, minha pele nunca foi tão bonita! Não sei se é um dos “hábitos italianos” que conseguirei levar para o Brasil, já que o creme mais grosso vai bem no frio mas, no calor, deve ficar a melequeira que odeio. Talvez eu acabe procurando um mais leve. 😉
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Essa semana, fiz uma newsletter falando 30 coisas que aprendi em 30 dias na Itália. Se você não for inscrito, é só clicar aqui e colocar seu email até o dia que eu envio até o dia 23/12 (depois disso, já devo enviar outra!).
Ah, o blog também tem uma pasta bem linda no Pinterest, com vários pins como este: