Esse post foi originalmente publicado em novembro de 2018. Por causa do Dia Internacional da Mulher, estou repostando hoje para tentar, com as minhas experiências, inspirar e incentivar mais mulheres a conquistar sua independência se jogando no mundo. Espero que gostem <3
Desde minha primeira viagem internacional adulta, eu viajo sozinha. E viajar sozinha é minha maneira preferida de conhecer os lugares que só vi nos meus sonhos (e no Instagram).
Porém, sendo mulher, viajar sozinha vem com uma série de preocupações e cuidados a serem tomados. Afinal, uma sociedade machista não é exclusividade do Brasil… Há lugares ainda piores, e, nos que parecem ser melhores, também podemos enfrentar situações perigosas, ou no mínimo desagradáveis, só por sermos mulheres.
Por isso, todo cuidado é pouco, mas isso não significa que a gente deva curtir menos as viagens. Neste post, listo algumas medidas práticas que tomo pela minha segurança quando viajo sozinha.
Dizer onde está
Eu sempre, sempre, sempre – deixe-me enfatizar – sempre conto para alguém no Brasil o lugar onde estou e para onde vou (costuma ser para a minha mãe, especialmente porque ela sempre pergunta).
Antes de viajar, mando uma mensagem com os dados e horários de vôos, além do endereço e contato do lugar onde ficarei hospedada. E, durante a viagem, sempre comento o que planejo fazer a seguir, especialmente quando saio à noite.
Dizer com quem está
Sempre acabamos conhecendo gente nova quando viajamos sozinhas, e não é raro essas pessoas virarem grandes companheiras durante a viagem.
Eu costumo falar delas para meus amigos no Brasil quando comento da viagem porque, bem, é natural comentar isso, né? Mas também por segurança, não porque suspeito que a pessoa vá me sequestrar, mas porque, se algo acontecer comigo, eles sabem quem estava junto.
No caso de ter um encontro (HEHE), ajo da mesma forma que no Brasil: mando para alguém de confiança o nome, a foto e o telefone da pessoa com a qual vou me encontrar, além do lugar e horário. E, claro, cuidado com a bebida!
***
PAUSA: não, eu não passo o tempo todo da viagem no WhatsApp, e nem minha família nem meus amigos ficam o dia inteiro me perguntando onde eu estou! Esse negócio de ficar se falando ocorre com muito menos frequência ao longo do dia do que os tópicos acima dão a entender hahaha!
Voltando…
Ter internet no celular
Ok, aqui é meio faça o que eu digo, não faça o que eu faço: não viajo sempre com 4G e muitas vezes dependo de WiFi grátis. Mas não deveria, porque ter internet à disposição é importante para a nossa segurança. Ter um mapa e um táxi a alguns toques de distância pode te livrar facilmente de situações – e regiões – inesperadamente perigosas. Deixe-me dividir uma história pessoal sobre isso:
Em Barcelona, peguei um táxi na rua para voltar ao hostel de madrugada e sofri um assédio pesado do motorista. Como não tinha 4G, não tinha como pedir ajuda ou contar para ninguém o que estava acontecendo na hora. E, como não era um táxi de app, também não tinha como denunciá-lo, fazer uma reclamação, nem mesmo mandar o nome e placa do carro para alguém (caso tivesse 4G, claro). A história inteira está no vídeo no fim deste post e foi uma das piores situações que passei viajando sozinha…
Exercitar o bom senso
Eu já fui muito mais aventureira, confesso. Já andei sozinha em ruas escuras, fiquei sem celular quando o metrô tinha fechado, falei com estranhos beeem estranhos… Hoje, sei que todas essas situações podem ser bastante perigosas, especialmente se você for uma mulher.
Agora, prefiro pecar pelo excesso que pela falta. Não que eu seja excessivamente cuidadosa, mas respeito meus limites, ouço minha intuição, peço ajuda… E sempre sigo a máxima de que, se uma situação parece perigosa, provavelmente é.
Casos reais de viajar sozinha
Há um tempinho, fiz um vídeo no meu canal no YouTube falando sobre situações tensas que passei viajando sozinha, dá uma olhada (e se inscreve! 😉 )
Você tem outras dicas para viajar segura? Conta aqui nos comentários! 🙂