Para fechar de verdade a série de posts sobre minha mudança para a Itália, ficou faltando falar sobre como escolhi a cidade onde moro. Hoje, é sobre isso que vou falar: por que vim morar em Padova/Pádua!
Tudo começou há um ano, quando vim fazer o reconhecimento da minha cidadania italiana. Aproveitei o tempo aqui e as inúmeras viagens que fiz para conhecer cidades onde eu cogitaria morar. Tinha alguns critérios, todos eram muito importantes e nenhum era dispensável. Eram:
- Ser uma cidade de tamanho médio, nem muito pequena, nem muito grande
- Podermos fazer tudo a pé de bicicleta, sem depender de transporte público
- Ter um custo de vida que pudéssemos bancar logo de cara
- Ter “coisas pra fazer”: restaurantes, bares, shows, essas coisas
- Ter um bom potencial para oportunidades de emprego, especialmente na área de serviço ao cliente – isto é, como vendedora, bartender, garçonete, etc.
Algumas cidades que visitei nessa época atendiam a boa parte destes critérios. Verona, Bergamo, Bolonha, Ferrara, Treviso… mas só Pádua parecia atender a todos eles.
Por isso, foi a cidade que colocamos como primeira opção; depois, viriam Ferrara, Verona e depois disso não continuei o ranking porque não esperava ter que apelar para a quarta opção de cidade!
Comprovar a “teoria”
Decidida a cidade prioritária, passei para a parte de comprovar que, de fato, seria uma boa opção.
Depois de já ter confirmado a maior parte dos critérios só visitando – as partes de andar a cidade toda de bicicleta e de ter bastante coisa pra fazer, por exemplo – , chegou a parte da pesquisa de emprego e aluguel.
Para isso, a saída foi fazer a pesquisa meses antes, como se eu de fato já estivesse procurando um trabalho e um lugar para morar. Ou seja, busquei em vários sites de anúncios para ter uma noção das vagas disponíveis e de apartamentos e seus preços.
Algumas perguntas que busquei responder para orientar a busca foram, para emprego:
- Essas vagas são no comune de Padova ou nas cidades próximas?
- Qual o pagamento médio, quando revelado pelo anúncio?
- Em que áreas as vagas são mais abundantes?
- Eu estaria disposta a trabalhar nessas áreas?
E, para os apartamentos e seus preços:
- Eu consigo pagar esse aluguel (considerando 3 meses de caução + primeiro aluguel + taxa da imobiliária = 5 alugueis) com minha reserva do Brasil?
- Quanto preciso ganhar mensalmente para arcar com os custos dessa casa?
- O tamanho e estrutura dos apartamentos no meu orçamento são bons para mim?
- E a localização?
Com essa pesquisa, eu tive um pouco mais de confiança de que, de fato, seria possível morar em Padova.
Airbnb: a primeira ‘casa’
O próximo passo, chegando perto da data da viagem, foi alugar um Airbnb por um mês para ter um lugar para ficar e procurar um apartamento com calma, além de já fazer meu currículo italiano e começar a distribuir por aí.
Optei por um quarto no Airbnb porque, de modo geral, o aluguel é mais barato que em um hotel; porque existe uma flexibilidade maior de datas da reserva; e porque, alugando por um longo período, você pode ter um descontão de até 50%! Então, vale muito a pena para suas primeiras semanas/meses em outro país.
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Mas, como este post é só para falar sobre como escolhi a cidade, está aí o meu passo a passo!
Basicamente, defini o que era mais importante para mim e pesquisei bastante para encontrar as cidades que se melhor encaixassem nos critérios.
Sei que não é uma fórmula infalível, porque às vezes não rola de encontrar apartamento facilmente, ou o emprego que te chama está em outra cidade. Nesses casos, é preciso exercitar a resiliência e acreditar que tudo acontece por um motivo.
E, no fim, a melhor cidade é a que te dá as melhores condições para morar! 😉
Qual a cidade onde você sonha morar na Itália? Me conta nos comentários!