5 coisas para fazer de graça em Pádua

Pádua pode não ser a cidade mais turística da Itália, mas tenho certeza que todo mundo que vier vai se encantar <3 eu sei disso porque foi o que aconteceu comigo, e por isso decidi que seria aqui que moraria. Eu conto mais de como foi essa decisão nesse post!

Mas, hoje, vou te contar o que fazer em Pádua de graça. E, olha, é BASTANTE coisa: Pádua é uma cidade com custo de vida bem em conta e muitas opções pra passar um dia bem gostoso sem gastar praticamente nada.

1. Basílica de Santo Antônio

Fachada da Basílica de Santo Antônio de Pádua, na ItáliaVou começar com ela, pra tirar da frente mesmo. A Basílica de Santo Antônio de Pádua, também chamada por aqui só de “Santo”, pode ser visitada gratuitamente. É lá onde estão as relíquias do Santo (leia-se: mandíbula, língua, cordas vocais…), sua cripta e devotos do mundo inteiro vêm para a cidade para fazer suas orações.

Mas, mesmo que você não seja tão religioso, vale a visita. Afinal, por fora, não acho que ela impressione tanto. Mas, por dentro, é de uma beleza indescritível! Eu já vi um monte de igreja aqui na Itália, e essa basílica está fácil entre as mais bonitas delas.

Além disso, eu sempre falo da majestosa magnólia de mais de 24 metros de altura que fica na parte aberta. Sinceramente, é meu lugar preferido em todo o complexo. Sério, não tem como descrever a imponência dessa árvore. Vira e mexe vou lá só pra ficar olhando…

2. Roseto di Santa Giustina

Por outro lado, esse lugar não é tão famoso, e tem gente da própria cidade que nunca foi. O Roseto é um jardim que fica perto do Santo e reúne centenas de tipos de rosas!

Como você pode imaginar, ele é muito cheiroso – até com a máscara imposta pelo coronavírus dá pra sentir – e todo colorido. Nunca vi cheio, então dá pra visitar com calma. Também aproveite para descobrir variações da flor originárias de vários lugares e ter um momento de, sei lá, contemplação de coisas bonitas.

Falei mais sobre ele neste post! 

Vista do Roseto di Santa Giustina em Pádua, na Itália

3. Giardino Dell’Arena

Devia chamar meu marido pra escrever esse trecho, porque ele é um entusiasta do Giardino. Vive dizendo que é seu lugar preferido aqui na cidade, e eu total entendo o motivo.

O Giardino Dell’Arena fica localizado entre a estação e o centro e dá para se sentar numa cadeira de praia na sombra, tomar um drink ou um café nas barraquinhas que vendem comidas e bebidas, ouvir uma música e ficar de boas. Tem muita gente que vai lá para estudar, para encontrar com os amigos, passear com o cachorro… Enfim, é um jardim bem bonito e muito gostoso para passar o tempo!

Eventualmente levamos nossos próprios comes & bebes e nunca tivemos problemas (nem precisa dizer que comprar no mercado e levar lá é BEM mais barato que comprar das barracas), mas um amigo meu já levou bronca por estar comendo algo de fora. Então, acho que vai da sorte, rs.

Imagem formada por duas fotos: uma de um café num dia nublado no Giardino, outra num dia de verão, com drinks e uma pizzinha

4. Ghetto ebraico

Esquina no Ghetto de Pádua, com guarda-sóis cobrindo mesinhas na calçadaEssa região do centro da cidade é, como o nome indica, o lugar onde, antigamente, os judeus vivam, isolados. É a parte mais “medieval” de Pádua, com ruas estreitas, pavimento de pedras (péssimo pra andar de bicicleta, rs) e muitos bares, osterias e lojas tradicionais. Então, para quem gosta de passear andando sem rumo, essa área com certeza vai render boas lembranças. 😉

Além disso, é interessante de observar os detalhes da arquitetura, as fachadas cobertas de plantas e flores e os prédios bem altos para a época em que foram construídos – essa é uma característica que o ghetto de Veneza também tem. O ghetto foi desfeito em 1797 e, até esse ano, haviam quatro portas que fechavam os judeus no bairro depois das duas da manhã. Neste link você pode ler mais sobre a história do bairro (em italiano).

Você provavelmente vai passar pelo ghetto no seu passeio, mas marque na sua cabeça para reconhecer: fica entre o Duomo, a Piazza delle Erbe e a Via Roma.

5. Rio Bacchiglione

Esse é o nome do rio onde você vai chegar, mas tenho uma proposta mais interessante do que simplesmente ir vê-lo: pegue uma bicicleta, pode ser uma Mobike, e pedale até ele. Uma opção mais “completa” é ir ao longo da Riviera Paleocapa, saindo da Specola (um dos lugares mais bonitos da cidade, falei aqui!) e seguindo o canal, ou seguir a via Paoli saindo do Prato della Vale até dar na Via Goito e, dali, seguir o mesmo canal.

O ambiente é todo bem bonito e o percurso é bem agradável, com uma ciclofaixa por praticamente todo o caminho e um pequeno parque na encosta. Não deve dar nem 15 minutos de bicicleta tudo isso, e a graça está no fim, onde o canalzinho se encontra com o rio Bacchiglione, especialmente se você chegar próximo à hora do por do sol. Afinal, essa é uma das vistas mais bonitas que você terá em Padova!

Você pode admirar a vista da ponte mesmo, mas também recomendo muito o aperitivo do Pier88, o bar criado dentro de um container que fica bem nessa esquina e costuma estar sempre movimentado!

À esquerda, vista do por do sol no rio Bacchiglione; à direita, duas taças de vinho e torradinhas num aperitivo no bar Pier88, com o por do sol ao fundo

Bônus

Acho que nem preciso dizer, mas: Prato della Vale, Piazza delle Erbe, Piazza della Frutta, Torre dell’Orologio… Tudo isso é de graça e você inevitavelmente vai acabar vendo no seu passeio por Pádua. 😉

Mapa

Você já veio pra cá?  Me conta qual lugar você mais gostou!

Giovana Penatti

Giovana Penatti

Giovana mal pode esperar pela terça-feira à tarde na qual estará tomando um drink numa praia no Mar Mediterrâneo rindo muito de tudo isso. Enquanto isso, escreve sobre viagem e morar no exterior por aqui!