Se tem uma coisa que me deixa nervosa em viagem, essa coisa é passar pela imigração. É sério: nem turbulência me faz tremer tanto como a espera para saber se o país irá me aceitar ou não! E olha que, na vinda para a Itália, rolaram umas três turbulências pesadas. Ainda assim, eu tremi muito mais na fila da imigração!
Eu nem sei explicar de onde vem esse medo, já que eu nunca tive nenhum problema ao entrar em qualquer país. O lado bom é que esse medo também me faz estar totalmente preparada para não ter nenhum motivo para me mandarem de volta para casa.
O que dizer na imigração?
Uma das primeiras perguntas que nos fazemos ao pensar em cruzar a imigração quando vamos reconhecer a cidadania italiana na Itália é o que dizer na imigração. A resposta: sempre a verdade.
Reconhecer a cidadania italiana não é algo ilegal. Portanto, isso não irá barrar a sua entrada. O que pode barrá-la é o despreparo ou a falta de documentos que garantam que você tem como e onde se manter por aqui até o fim do processo.
E com toda a razão, né? O mínimo que você tem que ter é planejamento.
O que mostrar na imigração?
Considerando que somos brasileiros, e não integrantes da União Europeia, é necessário ter:
- Passaporte com no mínimo seis meses de validade após a entrada na Itália: ou seja, se sua viagem é no dia 15 de março de 2019, seu passaporte não pode vencer antes de 15 de setembro de 2019.
- Seguro-saúde: obrigatório para entrar em qualquer país do espaço Schengen e te poupa um monte de dor de cabeça caso você sofra um acidente ou fique doente. Ah, e a cobertura tem que ser de, no mínimo, 30 mil euros.
- Comprovante de hospedagem: pode ser a reserva do hotel, AirBnb, hostel ou a declaração de hospitalidade, caso vá ficar na casa de alguém.
- Passagem de volta: lembra-se que, mesmo que queira ficar na Itália, você é turista até ser cidadão. Então, precisa ter passagem de volta em até 90 dias.
- Comprovante de dinheiro: leve extrato da poupança, comprovante de compra de euros, do limite do cartão de crédito… É necessário comprovar que você tem condições de viver na Europa por três meses sem trabalhar.
Como é, na prática, passar pela imigração?
Na minha opinião e pela minha experiência, o que o oficial da imigração vai pedir e o que ele vai perguntar depende muito da sua sorte.
Já ouvi histórias de gente que teve que mostrar até as certidões traduzidas e apostiladas na imigração. Já ouvi de gente que falou que ia fazer turismo e acabou levando uma baita bronca por não ter contado a verdade. Já ouvi gente que teve problemas por não falar o mínimo de italiano na imigração, o que dificultou muito o entendimento da pessoa no guichê e a entrada no país. Já ouvi gente que, tendo todos os documentos na mão, apenas respondeu quando era a passagem de volta e o motivo da visita. E já ouvi gente que não ouviu nem oi do oficial da imigração: apenas entregou o passaporte e o pegou de volta carimbado.
Sendo assim, a melhor maneira de encarar a imigração é estando bem preparado, com os documentos organizadinhos e um italiano pelo menos básico para entender e responder as perguntas do oficial. E lembrar que mentir para a imigração, em qualquer país, é a pior ideia de todas!
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