Em 2016, fui para Barcelona no susto, praticamente uma emergência de trabalho: a empresa que eu trabalhava precisava de mais uma pessoa para dar suporte em um lançamento e lá fui eu, com 25 anos na cara, trabalhar no anúncio de um produto aguardado em todo o mundo na maior feira global do setor.
Foi pesado, mas foi bem enriquecedor, e me deu a oportunidade de pisar na Europa pela primeira vez e passar uma semana em Barcelona, uma cidade que eu nunca nem tinha pensado em visitar, mas, como todo mundo diz, foi amor à primeira vista.
Barcelona se tornou um dos destinos que eu e meu marido mais queremos ir enquanto moramos aqui na Europa, e eu achava que seria impossível que meu vision board no Pinterest de fato se manifestasse nesse verão pandêmico, mas eu realmente não sei de muitas coisas e, no fim do mês que vem, vamos pra Barcelona!
Até lá, decidi ir dividindo por aqui um pouco do planejamento, porque acho que, assim, podemos trocar dicas sobre o que fazer lá e sobre como se preparar pra uma viagem.
E, logo de cara, já tivemos um percalço: não há ingressos disponíveis para a Sagrada Família.
Eu já fui, na primeira vez que estive lá, e me lembro que nem pretendia entrar. Afinal, o ingresso custava uns 15 euros e eu já estava contando moedinhas pra comer. Mas entrei no modo “e-se-eu-nunca-mais-vier?” e fui.
E, caramba, que decisão acertada. A Sagrada Família deve ser a igreja mais bonita do mundo. É de um esplendor que, sinceramente, não dá para descrever. Você vê fotos e fica “uau, que bela”, mas nada se compara a ver pessoalmente a luz que passa colorida pelos vitrais pintando as colunas brancas, a buscar o ponto perfeito para admirar a simetria do teto, a cruz do altar, que fica em uma espécie de guarda-chuva com uvas penduradas…
A Sagrada Família é mágica. Acho que não existe nada no mundo que se pareça com ela.
Exceto, quem sabe, boa parte de Barcelona, já que a igreja foi desenhada por Gaudí e a cidade inteira tem Gaudí espalhado.
Mas, não, a Sagrada Família é uma coisa à parte. E, por mais que eu já tenha visto, gostaria de ver quantas vezes puder – afinal, se passaram quatro anos, e a igreja só deve terminar de ser construída em 2026; então, devem ter coisas lá que não vi! – , e também queria que meu marido visse.
Mas… O site oficial avisava que não tinha mais ingressos para agosto. E que, no dia 3 de agosto, a bilheteria abriria para o mês de setembro.
A bilheteria oficial estava fechada. Mas, de repente, aqueles Barcelona card da vida poderiam ajudar.
E lá fui eu atrás de outras formas de entrar na Sagrada Família.
Ingressos “alternativos” para a Sagrada Família
Primeiro, joguei no Google “barcelona card” para descobrir se isso existia e quantas atrações estariam nele. Rapidamente, descobri que a Sagrada Família não estava em nenhum cartão do tipo, apenas um desconto na compra do ingresso.
Desconto é sempre bom, mas, primeiro, ter que pagar 40 euros num cartão pra ter desconto em uma atração não faz muito sentido (eu sei que o cartão tem outros benefícios, mas eu só tava interessada na Sagrada Família mesmo). E, de qualquer forma, o desconto não me ajudaria em nada, visto que eu não tinha como comprar o ingresso.
Procurei, então tours guiados. Quem sabe na contratação do guia já está incluso o ingresso… Mas também não tive sucesso.
Respirei fundo e pensei que o timing de Deus está sempre certo e, estando na cidade, poderíamos ir na bilheteria pessoalmente dar uma choradinha. Deu certo em Londres, no Sky Garden. Vai que.
Nesse meio-tempo, contei no Instagram que estávamos com a viagem marcada e a Luana me mandou mais uma dica para tentar conseguir ingressos: o app Tiqets, que tem bilhetes para atrações em várias cidades do mundo com desconto. A essa altura do campeonato, eu nem me importava tanto com o desconto, bastava ter o ingresso.
Procurei por Barcelona, vi vários descontos bem interessantes e mantive o aplicativo instalado porque acho que ele pode ser útil nos próximos dias, conforme planejamos os outros passeios.
Mas nada de Sagrada Família. Mantive o plano inicial de acreditar na sorte. Conversei com o meu marido sobre tudo o que tinha tentado até então, e surgiu a ideia de fazer esse post para mostrar alternativas possíveis às bilheterias oficiais. Claro, você tem que tomar cuidado e comprar só de revendedores autorizados… Mas só, né?
E eis que, enquanto eu abria o site da Sagrada Família para pegar um print para o post… Tinham ingressos disponíveis!!!
Sagrada Família: bilheteria reaberta
Eram um pouco mais caros do que eu lembrava? Eram BEM mais caros. Quando fui, não peguei a opção com áudio guia, e tenho certeza que ela foi mais barata. Hoje, essa é a mais econômica disponível: 26 euros.
Como achei toda essa timeline de eventos um pouco estranha – “é impossível que eu não tenha visto esses ingresos à venda da primeira vez!!” – , fui pesquisar melhor e descobri que, de fato, eles não estavam à venda antes, nem mais cedo hoje (estou escrevendo o post no dia 15/07), que foi quando procurei pelo Tiqets. Eles tinham acabado de ser colocados à venda!!
Segundo o comunicado oficial no site, a Sagrada Família reabre para visitação no dia 25 de julho, somente aos finais de semana, das 9 às 15h. É necessário comprar antecipadamente e selecionar o horário da visita. Antes apenas residentes de Barcelona podiam visitá-la, com hora marcada e gratuitamente.
Ou seja, dei a maior sorte de descobrir essa informação no susto, assim que a bilheteria foi aberta, porque provavelmente os ingressos para os dias da nossa viagem não vão durar muito.
Quer uma moral da história? Seja insistente, peça ajuda, compartilhe suas experiências e, por via das dúvidas, reveja o que tem como certo. 😉
Tô aceitando dicas de Barcelona, tá? Me manda nos comentários!